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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Aborto: interrupção da gravidez

Nas ultimas semanas, temos sidos bombardeados por todos os lados por campanhas políticas acusando candidato X ou Y como favorável ou contrário a leis que aprovem a legalização do aborto como uma questão de saúde pública. Nós, cristãos, temos sido colocados em evidência como eleitores decisivos, mas diante de informações imprecisas, contraditórias e que não nos dão segurança alguma, porém, por outro lado, somos taxados como intolerantes, machistas, contrários ao direito da mulher e ao direito sobre o seu próprio corpo.
Vamos nos atentar aqui a questão da prática do aborto, deixando de lado qualquer questão política ou eleitoreira. Nós, cristãos católicos, carregamos um fardo ainda maior por termos dentro das leis de nossa fé a defesa da vida contra o aborto, e ao mesmo tempo o planejamento familiar natural, sem o uso de meios artificiais que impeçam a fecundação, ou seja: somos contra a "prevenção" da gravidez e o aborto. Muitos são os que tem se apoiado nesse ponto para acusar a Igreja de incoerente. Porém, a Igreja pede que seus fiéis cumpram a sua lei, para que vivam de acordo com os ensinamentos de nosso Senhor, e pede que isso seja feito livremente, pela adesão a fé em Jesus Cristo, e não por medo ou culpa. Ora, se aqueles que nos acusam são justamente os que não pertencem a essa mesma Igreja, logo, não deveriam justificar sua falta de prudência e o uso da sexualidade desregrada e fora da instituição do matrimônio que é sagrada, e uma possível gestação interrompida, no fato de a Igreja ser contra os métodos contraceptivos. Não estou levantando nenhuma bandeira aqui a favor de métodos anticoncepcionais, de forma alguma, apenas desejo ilustrar os fatos, pois um erro não deve nunca justificar o outro, jamais, e é sabido que a esmagadora maioria de mulheres que procuram esses metodos de interrupção da gravidez, (termo usado para diminuir o peso do ato) chegaram a gestação por ato sexual livre, e com fetos em perfeito estado de evolução muitas vezes, e também em sua maioria, mulheres muito jovens, imaturas, e que dizem não ter responsabilidade para criar um filho, mas que já se acham suficientemente maduras para se entregarem a quem quer que seja. Sexo virou sinônimo de independência e maturidade, enquanto a maternidade virou sinônimo de baixa produtividade no mercado de trabalho e carreira interrompida. Onde é que estão ficando nossos valores humanos?

Aborto é assassinato! Muito pior! Um assassinato silencioso, que não dá à vítima a chance mínima de defesa. Se a ciência ainda não chegou a nenhuma conclusão a respeito de quando exatamente a vida começa, a Igreja, por sua vez, prega e crê que a vida começa no momento exato da concepção, onde a uma pequenina célula já tem em sí o dom precioso que é sua vida. Muitos dizem que preferem cometer aborto pois não querem colocar filho no mundo para sofrer, porém, no mundo existem milhares de crianças que sofrem pela falta de condições melhores de vida, e isso não da a ninguém o direito de executa-las. Outros, alegam que não querem por filho no mundo para ser um deficiente, um vegetal, subestimando a capacidade de superação do ser humano, e o milagre da vida. Quantos não são os casos de crianças deficientes que superaram e superam a cada dia os seus limites, ensinando lições preciosas a nós, pessoas "normais"? Nós seres humanos somos muito egoístas, e queremos sempre ter o direito de escolha, mesmo em situações que não nos cabe ter esse direito. Até para fazer o bem somos egoístas! Quantos não são os pais que não podem ter filhos, e desejam adotar uma criança, mas desde que essa criança tenha os padrões físicos da família. Será mesmo que só tem direito de ter uma boa chance na vida e ser feliz quem é branco e bonito? Será mesmo que temos direito sobre o nosso corpo, quando pela nossa própria irresponsabilidade geramos uma vida que não teve até então nenhum direito a nada? Eles escolheriam viver, sem dúvida! Ainda que fossem filhos de estupradores, que num ato estúpido foram capazes de gerar essa vida. Ainda que sua vida durasse apenas poucas horas, mas que talvez servisse para salvar uma outra vida! Nenhuma vida é mais importante que outra vida aos olhos do Pai. A vida do Santo Padre e a vida do pior terrorista do mundo é de igual importânica aos Seus olhos. Quem somos nós para interrompermos a vida!?

Faço por fim um apelo a todos os cristãos que porventura venham a ler essas palavras, e talvez pensar tantas outras: permaneçamos firmes em Cristo, Nosso Senhor, ainda que nossas convicções nos causem dor e preconceito, ainda que sejamos incompreendidos e perseguidos, nos apoiando no exemplo de Nossa Mãezinha Maria, que escolheu a vida, e a vida para todos nós, e lembrando-nos sempre das promessas que Jesus nos deixou em suas bem aventuranças.


"Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus!
Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados!
Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra!
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados!
Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia!
Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus!
Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus!
Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus!
Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim.
Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós."



(mat. 5, 3-12)