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terça-feira, 13 de julho de 2010

Ser como uma gargalhada

Estava refletindo outro dia, e tentando compreender porque muitas vezes a nossa fé não é "contagiante". Conhecemos a Deus, o amamos, nos entregamos a ele e decidimos segui-lo porque um dia algo nos contagiou de alguma forma. Certamente algo que despertou dentro de nós o desejo de fazermos o mesmo que aqueles que nos ensinavam a respeito do Nosso Amado. Nosso desejo, muitas vezes, deve ter sido o de apresentar esse amor a todos os que não o conheciam, e muitas vezes, até impor esse amor, como se quisessemos enfiar na cabeça das pessoas a mesma certeza que tinhamos dentro de nós desse amor, e de como isso era bom. Porém, as coisas sempre são mais difícieis do que parecem, e tentar argumentar muitas vezes não surte nenhum efeito, porque justamente as pessoas, em geral, têm suas próprias convicções, e muitas vezes são tantas as outras coisas que as contagia, que já estão "satisfeitas" com o que têm, e não estão dispostas a abrir mão de algo que lhe parece prazeiroso, por algo que nem conhecem, algo que você experimentou, sabe que é bom e vale a pena, mas que é uma experiência unicamente sua, de mais ninguém.
Então, me veio a gargalhada! É impressionante o efeito contagiante que uma gargalhada é capaz de produzir. Ninguém, ou pelo menos quase ninguém, é capaz de resistir a uma boa gargalhada, mesmo quando nem sabem o motivo pelo qual ela está acontecendo. A gargalhada rompe todas as barreiras, de raça, credo, classe socail ou nacionalidade. A gargalhada é uma língua universal. Todos a entendem, e a maioria é contagiada por ela, mesmo sem entender porque. Não existe nada mais expontâneo, nada mais unitivo, pois quanto mais gargalhamos junto com alguém, é sinal que o convívio está sendo prazeiroso, e pede mais. Gargalhar da prazer, alegria, desperta hormônios de felicidade e sempre pede mais.

Conclui, então, que se queremos transmitir o amor de Deus que habita em nós a tantos quantos se aproximarem, devemos procurar ser como uma gargalhada, e uma das boas. Devemos ser espontâneos, e deixar que o falar em Deus aconteça naturalmente, e nunca estarmos armados de argumentos que justifiquem aquilo que praticamos. Fazer que a nossa vida seja uma constante "pregação", muitas vezes sem sequer falarmos propriamente de Deus. Ter a consciencia que nossa face não nos pertence, e se queremos mesmo convencer alguém que o Senhor nos satisfaz, devemos ter uma feição que demonstre isso, apesar de nossos próblemas do dia-a-dia. Uma gargalhada muda a feição de quem "gargalha", e se queremos ser parte desse gargalhar de Deus, precisamos ter uma feição nova. Ninguém convence que um bolo está gostoso, se ao prová-lo fizer cara feia. Nem convence que fazer caminhada diariamente faz bem para a saúde, se viver constantemente com aspecto de doente. Ninguém convence que viver com Deus é difícil, mas vale a pena, porque isso o faz feliz de fato, se estiver sempre entristecido ou desanimado.
Uma gargalhada tem começo e fim, mas sempre haverá oportunidade para que aconteçam outras, tão e sempre expontâneamente que nem sabemos quando será, mas já conhecemos o prazer que nos dará, e desejamos que esses momentos sejam frequentes. Portanto, se desejamos que nossa fé seja contagiante como uma gargalhada, esforcemo-nos para sermos sempre como uma gargalhada de Deus, que contagia quem está a nossa volta, e deixa sempre esse sabor de quero mais.